Após três anos da morte do radialista Ivanildo Viana, família cobra prisão de mandate do crime
Nesta terça-feira (27) a morte do radialista Ivanildo Viana completa três anos e ainda é um mistério o nome do mandante do assassinato, mesmo com a prisão dos executores e até do articulador do crime.
A família do comunicador cobra que a polícia divulgue o nome do mandate e prenda o mesmo seja quem for. “Como a polícia não divulga o nome, há muitas especulações sobre quem foi o mandate, mas queremos a verdade e a prisão. Todos os envolvidos foram presos, porque não prenderam o mandante ainda? Que mistério é esse?”, questionou um parente de Ivanildo.
Ivanildo Viana foi assassinado em fevereiro de 2015, no quilômetro 80 da BR 101, no município de Santa Rita. Ele foi atingido por quatro tiros – um na cabeça e três no tórax.
O sobrinho de Ivanildo, Jhonny Viana, informou que foi dado um prazo de 10 dias em agosto do ano passado, para finalizar o inquérito sobre o assassinato e até agora nada.
QUEM MANDOU MATAR IVANILDO VIANA? ESSA É A PERGUNTA QUE NÃO É RESPONDIDA HÁ TRÊS LONGOS ANOS!
No dia 01 de novembro de 2017, o secretário de Segurança, Cláudio Lima, concedeu uma entrevista onde falou sobre o caso, reafirmando que Ivanildo foi assassinado por um grupo de extermínio em fevereiro de 2015, mas até o momento apenas os executores de sua morte foram encontrados deixando no ar a pergunta de quem teria sido mandante de sua morte.
Em agosto de 2017, o caso voltou à tona após ter sido citado pelo governador do estado, Ricardo Coutinho, em entrevista ao comunicador Fabiano Gomes. O governador disse que o “figurão” que mandou matar o radialista Ivanildo Viana iria aparecer. Coutinho revelou que deu total autonomia a polícia para investigar o crime. “A polícia age. Seja o sobrenome que for. Todo mundo já percebeu isso aqui. Vai aparecer o que tem que aparecer. Eu tenho uma confiança muito grande no trabalho das polícias. Estamos vivendo um surto de criminalidade no país”, assegurou.
Os executores do assassinato de Ivanildo Viana, que foram presos até o momento são:
Francisco das Chagas Araujo, conhecido como ‘Cariri’, estava na condicional.
Erivaldo Batista Dias, estava preso em regime fechado no presídio Silvio Porto
Elinaldo Vitorino Marques, no semi aberto no presídio de Bayeux
Valmir Ferreira Costa, conhecido como ‘Cobra’
Arnobio Gomes Fernandes, preso no 5º Batalhão – o articulador do crime, além de Célio Martins Filho.
A polícia afirmou na época das prisões que três dos acusados são ex-policiais militares. O crime foi encomendado pelo valor estimado de R$75 mil reais. O assassinato teria sido esquematizado como pirâmide, onde o mandante paga, e os outros executam.
Como se deu o crime
De acordo com o delegado Carlos Othon, o crime foi articulado por Arnóbio pelo valor de R$ 75 mil. Ele teria entrado em contato com Erivaldo e Orinaldo, que estavam presos, e, de dentro da cadeia, contrataram Eliomar e Francisco para executar o crime.
O delegado detalhou ainda como, segundo as investigações, teria acontecido o assassinato. Segundo Carlos, quatro suspeitos estavam em um veículo de cor branca e um outro em uma moto vermelha na frente do local de trabalho de Ivanildo, aguardando que ele encerrasse o expediente.
Em seguida, os suspeitos passaram a seguir a vítima. Mais na frente, um dos passageiros desceu do veículo e subiu na ‘garupa’ da moto, ele é apontado como o responsável por efetuar os quatro disparos de arma de fogo que atingiram o radialista. Ao chegar no contorno de Varzéa Nova, em Santa Rita, o carona da moto teria efetuado os tiros.
Relembre o caso
Ivanildo Viana foi assassinado no dia 27 de fevereiro de 2015, nas imediações do km 80 da BR-101 Norte, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele trafegava em uma motocicleta quando foi atingida por quatro tiros. Ivanildo trabalhava na 100.5 FM Líder.
No local, a Polícia Civil confirmou que o corpo tinha marcas de bala e isolou a área para colher detalhes e dar início às investigações. O delegado Reinaldo Nóbrega pediu que a população colaborasse por meio do 197, com informações que ajudem a identificar o suspeito.
Um amigo de Ivanildo esteve no local do crime e disse que o radialista não teria inimigos e aparentemente não estava sofrendo ameaças ou sendo perseguido.
O mandante
Mesmo com a prisão de todos os suspeitos e principalmente do articulador do crime, o superintendente da Polícia Civil, delegado Marcos Paulo, afirmou que a polícia ainda não chegou ao nome do mandante do crime.
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